O aparecimento de varizes tem um contexto hereditário de destaque, contudo há igualmente fatores precipitantes importantes. Nas mulheres, a gravidez e o uso de anticoncecionais, na população em geral, o posicionamento prolongado em pé ou sentado.
Habitualmente as pessoas com varizes queixam-se de dor nos membros inferiores associada à sensação de peso e cansaço, que pioram com o calor, com longos períodos de pé ou sentado com as pernas pendentes. Nas mulheres estes incómodos tendem a piorar no período pré-menstrual e gestacional.
A prevenção desta doença é determinante para o seu aparecimento e progressão:
- Permanecer muitas horas de pé ou sentado, principalmente de pernas cruzadas, deve ser evitado; é importante procurar realizar movimentos circulares e realizar caminhadas;
- A prática regular de exercício promove a contração muscular e o retorno venoso, sobretudo a ginástica, natação, ciclismo ou a dança. Os desportos que provocam movimentos bruscos devem ser evitados (por exemplo o ténis ou o basquetebol), pois obrigam a variações de pressão nas veias que provocam a sua dilatação e a diminuição do retorno venoso;
- Os lugares quentes devem também ser evitados uma vez que dilatam as veias. Contrariamente, realizar banhos de água fria proporciona alívio da dor e a diminuição da sensação das pernas pesadas;
- A obstipação e o excesso de peso aumentam a pressão sanguínea venosa, devendo ser evitados;
- A roupa muito apertada comprime as veias e dificulta a circulação e os sapatos rasos ou muito altos têm o mesmo efeito, devendo a opção recair em saltos de 3-4 cm;
- É aconselhado dormir com os pés elevados (10-15 cm) e realizar movimentos com as pernas antes de adormecer;
- Massajar as pernas respeitando o retorno venoso (de baixo para cima) poderá aliviar.
As técnicas minimamente invasivas têm proporcionado resultados muito bons, nomeadamente a ablação térmica por radiofrequência ou laser e a escleroterapia. No HPA a radiofrequência tem sido amplamente desenvolvida, consistindo na introdução de um cateter com um elétrodo que permite a libertação de energia de radiofrequência na parede da veia, levando à sua ablação. A sua segurança e eficácia têm ganho vantagem relativamente a outras técnicas. Além disso, por ser minimamente invasiva é realizado sob anestesia local, permitindo um pós-operatório mais fácil; menos doloroso, menos equimoses e complicações.